A bancada do PSOL na Câmara enviou ofício ao ministro Braga Netto, da Casa Civil, solicitando explicações sobre o episódio em que o assessor especial da presidência, Filipe Martins, fez gestos identificados como do supremacismo branco no Senado, assim como seu imediato afastamento.
Ontem, durante a audiência do ministro das Relações Exteriores no Senado Federal, o assessor Filipe Garcia Martins Pereira fez gesto associado ao movimento racista conhecido como “supremacismo branco”, que repercutiu muito mal em toda a sociedade brasileira e levou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a abrir investigação interna sobre o tema.
No ofício, a bancada do PSOL destaca que “essa não é a primeira vez que o sr. Filipe Martins faz alusões públicas ao repugnante, perigoso e ilegal supremacismo branco”. Desde abril de 2019, o assessor especial da Presidência utiliza, como foto de fundo de sua conta no Twitter, uma imagem com trecho do poema que abre o manifesto do supremacista branco Brenton Tarrant, que, em março daquele ano, assassinou 51 pessoas em uma mesquita na na Nova Zelândia.
“Em seu julgamento, Tarrant fez o mesmo gesto ora performado por sr. Filipe Martins”, denunciam os parlamentares, acrescentando que “o endosso público ao supremacismo branco contradiz os princípios de nossa Constituição Federal e é tipificado como crime nos termos do art. 20 da Lei 7716 de 1989”.