Para fechar o Novembro Negro, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) protocolou o PL 5295/2020, que cria mecanismos de enfrentamento ao assédio e à violência política contra mulheres candidatas e no exercício da vida política.
O projeto é fruto de uma articulação conjunta com as deputadas do PSOL Érica Malunguinho (SP), Andreia de Jesus (MG), Dani Monteiro (RJ), Renata Souza (RJ) e Mônica Francisco, sendo que elas apresentaram a proposta em suas respectivas assembleias legislativas e Talíria aqui na Câmara Federal.
Com ele, buscaremos eliminar atos, comportamentos e manifestações individuais ou coletivas de violência política e perseguição, que, direta ou indiretamente, afetam as mulheres, especialmente as negras, no exercício de atividade parlamentar e de funções públicas.
O respeito à diversidade das mulheres implica reconhecer que as mulheres negras são cerca de 28% do total da população brasileira. Vivenciam a face mais perversa da intersecção entre as discriminações de raça, gênero e classe. Na esfera pública, são inúmeros os relatos de violência política sofridos pelas parlamentares negras.
Esse projeto tem como desafio mudar essa face cruel do sexismo combinado com o racismo, que impede muitas de de ocupar os espaços da política.