No último domingo (21), a deputada federal Talíria Petrone participou da Marcha Nacional pelo Parto Humanizado, nos jardins do MAM, no Aterro do Flamengo. Hoje, há uma ação no Supremo Tribunal Federal para que enfermeiras obstétricas e obstetrizes só possam atuar se pertencerem a equipes médicas.

“É inadmissível que isso não seja reconhecido pelo Estado brasileiro e não haver política pública. Lamentavelmente, 25% das mulheres brasileiras ainda vivenciam algum tipo de violência obstétrica”.

A mobilização das mulheres aconteceu em mais de 20 cidades brasileiras. O movimento faz frente às tentativas dos conselhos regionais de medicina de limitarem os direitos das mulheres na escolha pelo local de nascimento e os profissionais que as assistem no momento do parto.

“Os meus filhos nasceram em um parto completamente respeitoso. Meus filhos foram respeitados ao nascer. Eu fui respeitada ao parir. Tive uma doula e enfermeiras obstétricas ao meu lado. Eu me tornei uma mulher melhor. Eu renasci uma parlamentar melhor. Foi uma experiência muito potente e respeitosa. Infelizmente, isso não é uma realidade para a maioria das mulheres, em especial, para maioria das mulheres negras como eu”.

Médicos já são proibidos de atender aos partos domiciliares planejados. Esta ação deixará como única opção no Brasil os partos hospitalares, na contramão das evidências e recomendações internacionais.